O Ministério da Saúde disse nesta quinta-feira (08) que as gestantes que, por ventura, tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca contra a covid-19, não devem buscar tomar um imunizante diferente na segunda aplicação contra o novo coronavírus.
Segundo a pasta, gestantes que tomaram a primeira dose da vacina da farmacêutica anglo-sueca devem aguardar a passagem do puerpério (fase pós-parto) para receber, normalmente, a segunda dose do imunizante.
O ministério desautorizou a combinação de vacinas, a chamada intercambialidade – estratégia já adotada por alguns municípios, que, em alguns casos, aplicaram a primeira dose de uma vacina para, em seguida, utilizar, na mesma pessoa, o imunizante de outro fabricante. Segundo Marcelo Queiroga, ainda não há nenhuma comprovação médico-científica que valide a prática da intercambialidade, que não é recomendada em nenhum caso.
“Estudos de intercambialidade estão sendo realizados, mas ainda não são suficientes para tomarmos decisões como estratégias de saúde pública. Na hora que houver mais estudos, aí sim os especialistas vão se manifestar no [âmbito] do Programa Nacional de Imunização, apoiado pela câmara técnica”, disse o ministro ao fazer um alerta para os secretários de saúde de estados e municípios que, porventura, tenham adotado a combinação de vacinas.
“Os secretários estaduais e municipais de Saúde que, por acaso, queiram modificar as orientações do PNI não devem fazê-lo por conta própria. Devem fazê-lo após aprovação do grupo intergestor do PNI, apoiado pela Câmara Técnica. Claro que eles têm sua autonomia, mas não para mudar o cerne do que foi discutido na política tripartite”, disse.
“Se é uma questão operacional do município, o secretário tem autonomia plena, mas não pode ficar criando esquemas vacinais diferentes, de maneira discricionária, sem ouvir ao PNI. A melhor maneira de termos eficiência na nossa política de vacinação é a discussão ampla, com o apoio dos especialistas”, acrescentou o ministro.
– Janssen vetada
Queiroga também reiterou que a vacina da Janssen, que protege contra a covid-19 com apenas uma única dose, não deve ser utilizada para a imunização de grávidas e puérperas, já que ela possui a mesma tecnologia do produto da AstraZeneca. Sendo assim, as únicas vacinas disponíveis para a vacinação de grávidas e puérperas no Brasil são a da farmacêutica americana Pfizer e a CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac e que, no Brasil, conta com parceria do Instituto Butantan.
(Via: Agência Brasil)
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