A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou, nesta quinta-feira (5), que cinto detentos do Presídio de Divinólis I – Floramar, atuam na fábrica de roupas, instalada na unidade prisional há oito meses, e são frequentemente capacitados para a profissão de costureiros. Esta é uma parceria do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) com a empresa Clothify Denim. O preso Ruan Felipe, de 28 anos, empenhou-se na produção de roupas de cama por um ano e meio e está há seis meses na fábrica parceira. “Antes de ser admitido no sistema, eu era cortador têxtil. Aqui, aprendi a costurar, nas máquinas. Quando sair, quero voltar a trabalhar na área e fazer a diferença”, diz.
No início da parceria, em 2020, apenas dois internos atuavam no local, realizando etapas mais simples do processo como pregar botões e fazer o arremate das peças. Hoje, os internos já realizam trabalhos que exigem maior competência técnica: a aplicação de etiquetas, a passadoria e o acabamento. Neste mês de agosto, eles vêm sendo treinados para costurara com maquinário. O provento dos presos é de três quartos do salário mínimo – valor dividido em partes iguais entre o interno, a unidade prisional e o pecúlio, uma espécie de poupança que pode ser sacada quando ganharem liberdade.
– Seleção
Um dos critérios para atuar na fábrica parceira é, antes, ter passado por outra oficina de trabalho do Presídio de Divinópolis: a manufatura de lençóis. A produção, destinada ao sistema prisional mineiro, existe na unidade há mais de 20 anos. No local, atuam 14 custodiados que produzem cerca de 9 mil peças por mês. Há, ainda, a manufatura de máscaras de proteção na unidade prisional mista, onde 11 mulheres presas executam mil itens por dia. Todos eles recebem remição de pena pelos serviços prestados: a cada três dias de trabalhados, um é subtraído da condenação – benefício este também concedido àqueles que dedicam-se à Clothify Denim.
O detento Bruno Leonardo, de 36 anos, não tinha experiência no ofício, apenas em mecânica de automóveis e, agora, desenvolve habilidades em costura e revisão das máquinas têxteis. “É uma profissão boa de aprender. Quando eu sair do sistema, quero empreender, montar uma fábrica de camisetas, jeans, moletom”, planeja.
JORNAL GAZETA DE NOVA SERRANA, NOTÍCIA E INFORMAÇÃO EM 1° LUGAR! PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP: (37)99970-8780