A combinação seca e fogo transforma áreas de vegetação em um ambiente desolador. Na última semana, moradores da comunidade rural Morro do Chapéu, em Nova Serrana, viveram cenas de terror após um incêndio ter tomado conta de uma grande área da região. Quem esteve ali, também viu de perto o desespero dos animais, que tiveram de correr para se salvarem do fogo e de outros animais famintos, como cobras e gaviões. O cenário de destruição parece cena de um filme de ação, porém, é real e um dos piores desastres ecológicos registrados neste ano no município.
Segundo o Corpo de Bombeiros, nesta ocorrência, os militares constataram que tratava-se de um grande incêndio em uma serra, o qual também havia se alastrado para várias pastagens. Como o combate na serra era dificultado devido ao relevo e vegetação densa, as equipes se empenharam em guarnecer as residências e os currais onde os animais se encontravam próximos ao incêndio. “Foram utilizadas diversas técnicas como o ataque direto a chamas quando possível, ataque indireto com fogo a fogo onde eram utilizados estradas como aceiros naturais”, informou a corporação.
O combate durou cerca de 5 horas e todas as residências que estavam próximas ao foco de incêndio foram isoladas para eliminar o risco às pessoas, assim como algumas pastagens também tiveram de ser isoladas. Com a chegada da noite, o trabalho foi encerrado, uma vez que o combate na região da serra seria muito perigoso, pois tratava-se de um local de topografia muito acentuada e mata muito fechada, o que colocaria em risco os bombeiros militares. De acordo com a corporação, os moradores da região foram orientados a observar e a acionar novamente o Corpo de Bombeiros caso o incêndio se aproximasse de mais alguma residência.
– Número de incêndios pode ser ainda maior do que em 2020
Ocorrências assim são comuns nesta época do ano. Contudo, em 2021 a situação se agrava devido ao fato de vivenciarmos o período de seca moderada. É o que explica o cabo do Corpo de Bombeiros, Hudson Orsine. “Segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA), nossa região passa por um período de seca moderada na última medição feita em julho deste ano. Na seca moderada há alguns danos às culturas, pastagens, córregos, poços com níveis baixos, entre outros. Portanto, devido a baixa pluviosidade, a vegetação está muito seca e a temperatura necessária para queimar a biomassa fica muito baixa. Esse fator, combinado com os ventos fortes desse período do ano (julho à outubro) faz com que as próprias brasas da queima propaguem novos focos de incêndio. Durante esse período qualquer pequena porção de vegetação queimada por ação humana pode causar danos de proporções gigantescas”, afirma.
Segundo ele, há previsão para que o período de seca seja mais extenso em relação ao ano anterior, o que pode resultar em mais registros se comparado ao último ano. De janeiro até agora, foram atendidas cerca de 220 ocorrências de incêndio em vegetação em Nova Serrana. Já durante todo o ano passado, o 5º Pelotão de Bombeiros Militar atendeu 251 ocorrências de incêndio. “É importante ressaltar que, na maioria dos casos ocorrem mais de um incêndio em vegetação ao mesmo tempo, passando do limite de combatentes disponíveis para atender toda a demanda. Portanto, esse número pode ser muito maior. Um exemplo disso é que durante o feriado de 7 de setembro, de acordo com o Balanço realizado pela Sala de Imprensa, foram registados no sistema CAD, no período compreendido entre 0h de sábado até às 18h de terça-feira (7), um total de 738 solicitações relacionadas a incêndios em vegetação em todo o estado de Minas Gerais”, explicou o militar.
– Céu de fumaça
Questionado sobre uma espécie de névoa de fumaça que pairou sobre Nova Serrana na última semana, Orsine afirmou que essa consequência não é incomum em períodos de estiagem. “Vários municípios na região já estiveram cobertos ou parcialmente cobertos de fumaça, similar a névoa, devido a emissões atmosféricas produzidas por queima de biomassa. Devido a carência de estudos na área, ainda não é possível determinar todos os fatores necessários para causar este evento. Apesar de não haver uma determinação exata, grandes áreas de incêndio em vegetação estão diretamente ligadas a esse fenômeno”.
– Ações de combate
O aumento de registro de queimadas exige que a corporação tenha um plano de ação para
reduzir o número de incêndios, mas também para otimizar o combate. “A operacionalização do Plano Integrado de Preparação e Resposta aos Incêndios tem demonstrado eficiência na gestão de grandes queimadas em parques e zonas rurais, bem como na contenção dos focos no perímetro urbano. Um exemplo recente desse trabalho foi o incêndio na serra da Cruz do Monte que afetou as cidades de Pitangui e Pequi. Nesse combate, foram deslocados várias equipes de diversas unidades do Corpo de Bombeiros, apoio aéreo e apoio de outros órgãos como FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente) entre outros. Além disso, o CBMMG realiza campanhas de conscientização anualmente”, detalha.
– A gente sabe como começa, só não sabe como vai terminar
Entra ano, sai ano e, durante o período de estiagem, as paisagens sofrem com as queimadas. As consequências são muitas e todas elas catastróficas. Prejudicam o meio ambiente, o ar que respiramos, a saúde das pessoas e dos animais. Por isso, o cabo da corporação pede para que a população se conscientize sobre não atear fogo em lixo (para os moradores de áreas urbanas) e em pastagens (moradores da zona rural). “Com o clima seco, baixa umidade do ar e ventos fortes, qualquer fagulha pode se tornar um incêndio fora de controle”, alerta.
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