No mês da Consciência Negra, o Conexão Afro 2021 vem para celebrar o orgulho da presença e a importância da pele preta em um mundo cada vez mais mobilizado para combater a intolerância com informação, empoderamento e representatividade.
O evento, que teve início em 2009 em Nova Serrana, tem o objetivo de informar sobre o racismo estrutural, não somente em novembro, mas durante o ano todo. Para isso, além de promover atividades que envolvam a população, também são feitas ações voltadas para lideranças de instituições ligadas à formação educacional como: escolas públicas, privadas, faculdades. E também instituições ligadas ao poder Executivo: CRAS, CAPs, entre outros. Confira a programação:
09/11 – 14h30: Atividade no CRAS Maria de Lourdes Silva no Romeu Duarte (Mesa Redonda);
11/11 – 14h30: Atividade no CRAS Geralda Ferreira no Bairro Planalto (Mesa Redonda);
12/11 – 19h: Live no Instagram do Gugu Quilombola. Tema: Black Money;
13/11 – 19h: Live no Instagram do Contramestre Zebu nzila. Tema: O homem negro na sociedade;
15/11 – 9h: Caminhada contra a intolerância religiosa. Saída da Igreja do Rosário às 09h em direção à Praça do Jardim do Lago;
15h/11 – 19h: Roda Plural no Centro Cultural Tia Tonha. Tema: Como fazer o preto (a) se tornar preto (a);
16/11- 19h: Uso da tribuna pelo Contramestre Di em agradecimento ao corpo legislativo pelo projeto da academia pública no nome do Professor Kanu (Vandeilson Ribeiro Barbosa).
17/11 – 20h: Atividade na Faculdade de Nova Serrana (FANS) – Palestra e apresentação.
18/11 – 15h: Atividade no CRAS Maria de Lourdes Silva na Praça do Bairro Romeu Duarte;
20/11- Dia da morte do Francisco (Zumbi dos Palmares).
- 9h Atividade no CRAS do bairro Planalto: Roda de Capoeira (Apresentação). Atividade em conjunto com o socioeducativo da instituição.
- 15h na academia Professor Kanu, no bairro Cidade Nova. Workshop de capoeira sobre a direção do Mestrando Escorpião do Ojuran – Capoeira da cidade de Pompéu (MG).
21/11 – 8h: Participação em evento na cidade de São Joaquim de Bicas (MG). Direção Mestre Tzumba e equipe da ACAL, com o apoio da Prefeitura.
25/11 – 18h: Apresentação no Teatro Sindinova. Convite feito pela escola particular IES (Instituto Educacional Saber).
De acordo com um dos organizadores, o capoeira, professor e empresário, Gilson Ferreira, conhecido como Contramestre Di, também será feita uma ação na FANS.
Ainda segundo ele, o debate sobre racismo se faz cada vez mais urgente e necessário num país tão multirracial como o Brasil, mas que ainda é tão desigual. “O certo é população preta e não negra. Está é a que sofre mais violência na sociedade. Tanto física, social ou psicológica. Nossos jovens, principalmente homens negros, são mortos a toda hora por parte da polícia, que atira porque o cidadão está com um guarda chuva nas mãos”, destaca.
“Por que é urgente o diálogo sobre o racismo? A estrutura social que vivemos invisibiliza o racismo, justificando que os militantes do movimento estão de ‘mimimi’. Por que valorizar a pretitude? Foram nossos ancestrais que construíram esse Continente Americano e os demais. Nossos ancestrais não foram escravos. Antes da escravidão tínhamos reis, rainhas, escritores, cientistas, arquitetos, engenheiros, artistas plásticos, médicos, etc. Os faraós, por exemplo, eram todos pretos. A famosa Cleópatra, era preta. E não isso que é representado nos filmes. Já que colocam pessoas brancas para representar o que é glorioso do continente Africano, pois há anos julgam que o próprio preto não gosta dele mesmo”, completa.
Por fim, o Contramestre finaliza: “Não somente no mês de novembro, mas durante todo o ano se faz necessário o trabalho de conscientização. Conscientização não somente sobre o racismo. Mas também trazer a tona quem é o principal culpado por essa violência que o povo preto sofre. O famigerado europeu. Este sim, é o vilão da história. Assassinos, estupradores, carniceiros, ladrões e todo tipo de adjetivo ruim é atribuído a esse povo. E a sociedade marginaliza o continente africano. O bandido se chama homem branco europeu”.
– Mês da Consciência Negra
O dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, foi estabelecido em razão de ter sido o marco em que Zumbi dos Palmares – líder da resistência negra durante o regime escravista brasileiro que durou, oficialmente, entre 1530 e 1888 – foi assassinado, em 1695.
O objetivo da data que foi instituída no território nacional nos anos 1970 é refletir sobre igualdade racial, equidade de direitos e a inserção das maiorias minorizadas nos mais diversos setores sociais.
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