MULHER CHAMA GUARDA MUNICIPAL DE ‘URUBU’ E ‘MACACO’ E É PRESA EM NOVA SERRANA

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O ano é 2021 mas, lamentavelmente, parte da população parece viver em meados de 1800 no Brasil escravagista. Um exemplo disso é a prisão efetuada nesta sexta-feira (17) pela Polícia Militar de Nova Serrana pelo crime de injúria racial. Uma mulher de 61 anos foi presa por desacato, desobediência e por proferir ofensas racistas a um guarda municipal.

Segundo a Polícia Militar, a equipe recebeu denúncias de que a mulher estava muito alterada em uma unidade de saúde no bairro Jardim São Francisco. Além de ameaçar, ela chegou a agredir uma das funcionárias. No entanto, ela não se intimidou com a chegada da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar, uma vez que desacatou os profissionais de segurança. Devido a isso, ela recebeu voz de prisão, mas resistiu. Logo, teve de ser algemada e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para procedimentos de rotina.

Na UPA, após passar por atendimento médico, ela seria encaminhada à sala de vacina. Contudo, se negou a dar sequência aos procedimentos – momento em que a guarda interviu e teve de retirá-la do consultório, para que o médico plantonista continuasse os atendimentos. Nesse instante, em que o guarda Ronan Simão dos Santos a encostou, foi quando as ofensas racistas começaram.

“Ela disse pra eu não encostar nela porque eu sou preto. Aí começou a me chamar de preto, fedido, de urubu. Depois, perto da sala de vacinação, continuou dizendo as mesmas coisas. Levantou, colocou a mão no meu colete e viu que meu codinome é Simão. Disse que eu não merecia usar esse nome e nem vestir uma farda pelo fato de eu ser preto”, relata Ronan.

Enquanto aguardava, a mulher continuou a proferir ofensas como urubu, macaco e carvão. O episódio voltou a se repetir mesmo depois de ter sido medicada.

Diante dos fatos, além de desacato e desobediência, ela também foi levada presa pelo crime de injúria racial. Na delegacia a vítima prestou depoimento à polícia.

Ao Jornal Gazeta, Ronan contou que está há um ano e meio na GCM e esta foi a primeira vez que passou por isso no exercício de sua profissão. “É bem triste, pelo fato de saber que ainda existem pessoas com o pensamento de que a cor de pele define pessoas e profissões”, disse.

O guarda aproveitou para dar um conselho àqueles que sofrem algum tipo de preconceito: “Não se calem. Se sentiu ofendido? Procure seus direitos e denunciem. Não abaixem a cabeça e não se constranjam por causa disso”, orientou.

O crime de injúria racial – ofender a dignidade ou o decoro de alguém usando elementos referentes a raça, cor ou etnia – está previsto hoje apenas no Código Penal, com pena de reclusão de um a três anos e multa.
A partir de agora o caso está sob responsabilidade da Polícia Civil de Nova Serrana.

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