O feriado de Semana Santa, que começou nesta quinta-feira (1), deverá ser de isolamento social e restrições à população. O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, ressaltou em coletiva à imprensa que o estado enfrenta o pior momento da pandemia em relação ao número de óbitos e de ocupação de leitos de UTI. Por isso, é fundamental que a sociedade entenda a necessidade de se cumprir as medidas impostas pela onda roxa do plano Minas Consciente.
“Feriados sempre foram experiências muito ruins em relação à pandemia. Em outros momentos a incidência se elevou duas semanas após os feriados. A nossa expectativa é diferente (na Semana Santa), uma vez que estamos na onda roxa, os hotéis não funcionam, há restrições de circulação nos horários noturnos e apenas o essencial fica aberto. O papel de cada um é que vai determinar o sucesso ou não deste momento”, afirmou o secretário.
Ainda segundo Baccheretti, “qualquer reunião familiar que aglomere pessoas aumenta em muito o risco de contaminação. A gente entende o momento que cada um vive, mas não há tempo de arrependimento. O vírus vem circulando de forma intensa na sociedade. Fique em casa, fique com seu núcleo familiar, não vá à casa de parentes, não receba amigos. Não é época para isso, é época de um esforço conjunto para preservar vidas”, alertou, na coletiva dessa quarta-feira (31).
O secretário também apresentou a evolução da doença no estado desde a implantação da onda roxa em todas as regiões mineiras, há 15 dias. Segundo ele, é possível observar queda na incidência da covid nas regiões que mais cumpriram as recomendações da fase mais restritiva do Minas Consciente. No entanto, ainda é necessário manter o isolamento para que os números reflitam em queda de ocupação de leitos e número de mortes.
“O óbito é o indicador mais tardio. Quando vemos esse óbito se elevando, isso é reflexo de casos de pessoas que se internaram há cerca de duas semanas. Veremos um aumento de óbitos nessas regiões ou pelo menos uma constância neles, mas daqui a pouco eles irão cair”, pontuou. “Nossa ocupação de leitos está cada vez mais próxima de 100%. É um cenário nunca antes vivido pelo estado. É o pior momento da pandemia”, disse.
A maior preocupação da Secretaria de Estado da Saúde, hoje, é em relação ao estoque de medicamentos do chamado kit intubação, necessário para realizar o procedimento. Segundo o secretário, esse é o maior gargalo para a abertura de novos leitos.
“Ainda não recebemos todo o quantitativo prometido para o Estado. O que mais vem nos preocupando é a lentidão da distribuição desses medicamentos pelo governo federal. Neste momento, a gente vem distribuindo a conta-gotas porque não termos grande estoque. Temos para garantir três dias de medicamento. É uma situação muito complexa”, afirmou Baccheretti, citando que há expectativa de recebimento dos insumos nos próximos dias pelo Ministério da Saúde.
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